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A inocência diante dos Algoritmos e da Inteligência Artificial.

  • Foto do escritor: Christina Guedes
    Christina Guedes
  • 23 de ago.
  • 2 min de leitura

Por Christina Guedes – Psicanalista

 

A inocência humana diante da força invisível dos algoritmos e dos aplicativos de IA_ Inteligência Artificial, revela como a ingenuidade e a bondade ainda são marcas da nossa essência, porém precisamos pensar e ter atenção diante da exposição tecnológica. 


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É quase mágico: basta pesquisar uma viagem e, em segundos, somos bombardeados com promoções de passagens, hotéis, malas e até roupas para aquele destino paradisíaco. O algoritmo existe, todos sabem, mas poucos compreendem como tudo acontece tão rápido. 

Essa “mágica” tem um preço: cada clique, busca, conversa ou publicação nos meios digitais é registrado e transformado em informação. Nossos dados deixam de ser nossos e passam a compor um imenso banco de dados que alimenta as engrenagens digitais.

 

Recentemente, recebi a seguinte pergunta:

 

“Li seu texto: Na era da Inteligência Artificial: Quem sabe mais sobre mim? no blog e uso a Inteligência Artificial como apoio de autoajuda. Mas fiquei desconfiada... será que minhas conversas também são usadas pelo algoritmo?”

 

A dúvida é legítima. Sim, todas as interações em aplicativos de IA são armazenadas e utilizadas para aprimorar os sistemas. O que você compartilha, mesmo em diálogos aparentemente privados, serve para tornar a IA mais eficiente.

 

E aqui surge um alerta: nas ferramentas digitais, nada é realmente privado. Além de alimentar os algoritmos, suas conversas podem ficar registradas no aplicativo e, caso alguém tenha acesso, ainda que seja de confiança, sua intimidade estará exposta.

 

No fundo, não se trata de surpresa, mas de reflexão. O ser humano ainda guarda em sua essência uma inocência e uma bondade que o levam a confiar. Porém, no mundo tecnológico, confiança precisa andar de mãos dadas com consciência.

 

Dividir sua intimidade com alguém de confiança é manter sua privacidade e sigilo.

No ambiente digital, isso não acontece: as informações são processadas para aprimorar aplicativos e, muitas vezes, para mapear seu comportamento de consumo, oferecendo produtos e serviços, além de traçar padrões de psicologia social.

 

Antes de transformar suas confissões em palavras para uma máquina, pergunte-se:

👉 O que realmente desejo compartilhar?

👉 O que ainda preciso aprender a dizer para mim mesma?

👉 Se for algo íntimo, não entregue ao algoritmo. Procure um familiar, um amigo ou um Psicólogo.

 

A ingenuidade é parte de nós, mas a prudência é o que nos protege no mundo digital.

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