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A importância das histórias para a Saúde Mental.

  • Foto do escritor: Christina Guedes
    Christina Guedes
  • 27 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

As histórias que atravessam gerações, preservadas em memórias e transcritas em páginas de livros, carregam mais do que palavras. Elas contêm os ecos de tempos passados, as lições aprendidas, os sonhos de quem as contou e os sentimentos que transcendem épocas. Essas narrativas são pontes entre o ontem e o hoje, alimentando o imaginário humano e nos conectando a um legado cultural e emocional.

 

O ato de ler não é apenas um processo intelectual; é uma experiência profundamente sensorial e emocional. Quando um leitor se entrega a uma história, ele ativa seu imaginário de forma única, criando cenários, rostos, vozes e sentimentos que dialogam com suas próprias vivências e fantasias. Esse encontro com a imaginação é um espaço de liberdade, onde o leitor pode explorar possibilidades, viver aventuras e experimentar emoções que talvez estejam ausentes de sua realidade cotidiana.

 

A saúde mental, nesse contexto, encontra no imaginário um poderoso aliado. Em um mundo marcado por pressões e imediatismos, o hábito de mergulhar em histórias oferece momentos de pausa, introspecção e conexão consigo mesmo. Ler é um exercício de empatia, permitindo-nos habitar outras perspectivas e compreender a complexidade da experiência humana. Além disso, ao nos transportar para outros mundos, a leitura pode funcionar como uma forma de alívio emocional, um refúgio que nos ajuda a reorganizar pensamentos e emoções.

 

Transmitir histórias de geração a geração também reforça a identidade e o pertencimento. Ao compartilhar livros e narrativas, criamos um diálogo entre tempos e pessoas, resgatando valores, ideias e sonhos que nos lembram de onde viemos e nos inspiram sobre para onde podemos ir. Essas histórias não apenas entretêm; elas educam, curam e transformam.

 

Assim, o livro, como guardião da memória e da imaginação, continua sendo um instrumento vital para a saúde mental e o desenvolvimento humano. Ele nos lembra que, mesmo em tempos de rápidas mudanças tecnológicas, a capacidade de imaginar, sonhar e criar permanece como uma das mais preciosas características da nossa humanidade.


Christina Guedes

Psicanalista



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