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Segurança Psicológica: A Nova Proteção de Dados das Empresas

  • Foto do escritor: Christina Guedes
    Christina Guedes
  • 12 de mai.
  • 2 min de leitura
 Uma visita despretensiosa à antiga Livraria Cultura no Conjunto Nacional — que saudade!

Entre um almoço e um café na correria da Avenida Paulista, uma visita despretensiosa à antiga Livraria Cultura no Conjunto Nacional — que saudade! — me presenteou com um livro: A Organização Sem Medo, de Amy C. Edmondson.

Com mais de 20 anos de pesquisa, a autora fala sobre segurança psicológica no trabalho e como ambientes abertos ao diálogo geram qualidade emocional alinhada à produtividade. Ela mostra que esse é um dos principais diferenciais das lideranças que conseguem formar equipes de alta performance.


Na época, me peguei refletindo: como falar abertamente em ambientes onde nem sempre temos espaço para sermos ouvidos?

A hierarquia, muitas vezes, não está só no organograma. Ela aparece nas falas interrompidas, nas ideias ignoradas e nas decisões que não circulam.


Hoje percebo que escutar genuinamente é talvez um dos maiores desafios nas organizações.

Não escutar é calar silenciosamente o colaborador — e, por consequência, se afastar do cliente. E calar, muitas vezes, é excluir.

Escutar vai além de liderar. É interpretar. É compreender gerações que estão rompendo padrões, questionando modelos e construindo ambientes mais líquidos — onde o silêncio pode significar insegurança, medo ou desistência.


Nesse cenário de escuta fragilizada, a tecnologia ocupa um novo papel.

Com a chegada da inteligência artificial, os diálogos têm fluido de forma acelerada — mesmo sem palavras — através dos agentes digitais que já fazem parte da cultura de empresas que desejam permanecer vivas.


Segurança Psicológica: A Nova Proteção de Dados das Empresas.


Isso significa não apenas preservar o bem-estar interno, mas também proteger a reputação da marca diante de um mercado altamente exposto e vigilante.

Empresas que não levam a sério a saúde mental correm o risco de ver sua imagem pública ser afetada negativamente, e, em tempos de redes sociais, isso pode resultar em perdas reais de valor de mercado.

Uma ideia não ouvida, uma voz silenciada, pode comprometer toda a estrutura empresarial.

 Nunca foi tão fácil uma empresa desaparecer.


As empresas que prosperam compartilham uma base comum:

  • Honestidade

  • Humildade

  • Transparência

  • Capacidade de aprender com os erros

  • Coragem para inovar

  • Habilidade de resolver conflitos humanos antes que eles se tornem ruídos sistêmicos


Afinal, no mundo do trabalho, onde tantas vozes ainda são caladas por hierarquias invisíveis, a escuta ativa tornou-se um dos maiores diferenciais competitivos — tão essencial quanto a segurança da informação. Porque o bem mais precioso de uma empresa ainda são as pessoas, clientes e colaboradores.


Fica a sugestão de leitura e vivência, para um novo mercado de trabalho: aquele onde a segurança psicológica importa tanto quanto os dados que tentamos proteger.


Christina Guedes

Psicóloga e Consultora em Segurança Psicológica Corporativa

 

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